O curador Luiz Felipe Reis sugeriu que eu me inspirasse no texto "Rester Vivant" (Permanecer Vivo), de Houellebecq, para criar uma obra a ser apresentada neste Cena Brasil Internacional. O desafio era ser politico mas sem partir de uma denúncia especifica. Assim é o texto de Houellebecq, que encoraja um aspirante a poeta a suportar sua condição a margem da sociedade.
"Odeiem a liberdade",
escreve ele. A resistência do poeta é, sem dúvida, a mais forte.
A pertinência do meu trabalho (se é que existe) - consistiria em não criar um espetáculo. Pelo contrário, fazer uma obra distante de tudo que não fosse verdadeiro, de qualquer ilusão.
Nós não somos o que parecemos; não existe identidade que se sustente por si própria. Somos como a luz, como na canção sombria de Verlaine, talvez o mais tocante dos nossos poetas malditos:
"Pois o que nós queremos é a Matiz, não a Cor. Nada a não ser a Matiz".
Yves-Noël Genod
Com Baptiste Ménard, Isabela Fernandes Santana, Ricardo Paz, Quebra Queixo, Miguel Antonio Augusto, Ismael Queiroz e um coro masculino : Raphael Rodrigues Pompeu, Malcon Soares, Eduardo Ibraim, Felipe de Gois, Fredd Lima, Vinicius Fragoso Bittencourt, Marcos Davi Silva
Assistente de Direção: Bruno Cesario
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